segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Santificação: 4º Dia


Se você foi chamado a enfrentar provas ou tentações, olhe para a história de Daniel e veja onde podem chegar os homens que escolhem se unir ao Deus da sabedoria.
Ao ser colocado em conflito sua prosperidade temporal  e sua fidelidade a Deus, Daniel decidiu pela fidelidade, fosse qual fosse o resultado.

Pode-se julgar como fanatismo ou extremismo uma decisão como a de Daniel: Sacrificar vantagens por observâncias relativamente tão pequenas.
O titubear nas "pequenas observâncias" se mostrará um indício de fraqueza de caráter que pesará para a morte, no Juízo de Deus. "Aqueles que aceitam e obedecem a um dos mandamentos de Deus porque lhe convém, ao passo que rejeitam a outro porque sua observância haveria de requerer sacrifício, rebaixam a norma do direito e, por seu exemplo, levam outros a considerarem levianamente a lei de Deus. 'Assim diz o Senhor', deve ser nossa regra em todas as coisas" (pág. 20)

"O caráter de Daniel é apresentado como um admirável exemplo do que a graça de Deus pode fazer de homens caídos por natureza e corrompidos pelo pecado" (pág. 21)
A mansidão nos torna firmes no propósito de servir e confiar em Deus



Reflexão:

          Tenho eu confiado em meu "poder moral" ou "resistência ao pecado" e deixado de alicerçar minha segurança no Deus Altíssimo?
              Tenho hesitado ao pesar o preço de escolher obedecer a Deus?

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Santificação: 3º Dia


Um religião que não busca chamar atenção para si, que não busca se mostrar. A verdadeira religião trabalha em silêncio, sem alarde, sem pretensão, só a mansidão e a humildade ganhando evidência.
A mansidão é a capacidade de submeter-se a guia de divina. É a disposição em dizer: "Fala, Senhor, que o teu servo ouve" (1 Samuel 3:9).  Ela é um agente santificador, que habilita o seu possuidor a controlar seu temperamento mediante a ação do Espírito Santo.

Toda disposição colérica ou irritadiça será controlada e o padrão divino será conquistado à cada vitória diária sobre o eu.
Há elevados objetivos para o cristão e esses só podem ser cumpridos por um espírito manso e disposto a obedecer à Deus.
A Mansidão é o adorno interior que Deus julga de grande preço, ela põe o homem finito em conexão com o Deus infinito. Ao homem é garantido de tornar-se herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. A criatura passa a ser chamada, filho.


Reflexão:
              Tem a minha vontade se dobrado diante de todo preceito divino, sem dúvidas ou murmurações?

              Tenho aceitado a guia divina?

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As Duas Recompensas


O meu texto de meditação esta manhã foi o Evangelho de Lucas, capítulo 6, versos 17 a 23, que diz assim:

E, descendo com eles, [Jesus] parou num lugar plano, e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão do povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais tinham vindo para O ouvir, e serem curados das suas enfermidades, como também os atormentados dos espíritos imundos; e eram curados. E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos.

E, levantando Ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem. Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.

Fechei os olhos e imaginei a cena: Jesus, após definir entre os seus discípulos os 12 que formariam a “comissão” da igreja cristã, chega acompanhado de uma grande multidão a um lugar plano. A multidão estava ansiosa, alguns tinham viajado vários quilômetros para ouvi-Lo e para serem curados apenas tocando nEle.
Você consegue ver a alegria das pessoas que vieram de tão longe? Consegue ver Jesus expulsando demônios e devolvendo paz aos corações?

Encontramos nesse texto dois tipos de recompensa dada aos que buscam Jesus. A primeira das recompensas daqueles que procuram Jesus é imediata: “Batam e lhes será aberto”, “Busquem e lhes será dado”. Os doentes reconheciam a sua doença, buscavam a cura e eram sarados por Jesus. Os perdidos reconheciam sua necessidade de ouvi-Lo, buscavam a Sua presença e encontravam salvação. Hoje não é diferente com os que estão doentes ou os que procuram salvação.
Não é difícil encontrar pessoas que beiram o desespero. Em algum aspecto da vida estão indecisas, tristes, confusas, desenganadas. Sem saber que o mesmo Jesus que operava milagres a dois mil anos atrás, opera milagres hoje. É só buscar.

Há ainda uma segunda classe de recompensas dada aos que O buscam. É nesse momento que Jesus olha para os seus discípulos e diz: “Bem-aventurados os pobres, os que tem fome, os que choram, os que são odiados por escolherem a Jesus... o vosso galardão está no Céu”.
Pobreza, fome, tristeza, rejeição da sociedade. Jesus deixa claro que mesmo os que Ele ama podem passar por isso. E não é fácil aceitar que os que escolheram fazer o certo recebam tanto sofrimento em sua vida. Mesmo nessas condições, há conforto para uma realidade tão desanimadora e ele é achado em Cristo e Sua Palavra:
  • “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28).
  • “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.” (João 14:1).
  • “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16:33).
  • “Venham a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” (Mateus 11:28 e 29)
E tantos outros versos que sustentam nossa fé e acalmam o nosso coração. Eles nos mostram que ainda que nossa recompensa não seja imediata, não estamos desamparados enquanto a esperamos. O mesmo Jesus que contempla imediatamente a fé dos que O buscam, nos sustenta e anima para aguardar uma recompensa eterna.
Seja qual for a recompensa que você espera, tenha em mente a onisciência de Deus e Seu amor por você. Confie, espere e seja recompensado.
Uma ótima semana para vocês!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Santificação: 2º Dia


As provações vêm sobre todos, mas elas não vem por vir. O objetivo delas é nos ajuda a desenvolver as virtudes necessárias ao crescimento espiritual. A reação às provações separará o trigo e o joio. Os que pareciam ser colunas maciças mostraram-se madeiras apodrecidas, desfalecendo sob o peso das provas. Porém, "o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus" (2 Timóteo 2:19)
O objetivo da maioria das provações é quebrar o orgulho e a pretensão que impossibilitam a santificação. Ande em humildade, desconfie de si mesmo e firme sua confiança em Deus. Seus atos podem não ser publicados ao mundo, mas o Céu vê cada vitória sua. Essas vitórias contra a tentação e o mal são para a eternidade.


Reflexão:
               Tenho visto cada provação como uma lição do Céu para mim?
               Tenho sido orgulhoso e pretensioso em algumas de minhas ações?

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Culto de Gratidão

Hoje tive uma experiência nova. Fiz um culto de gratidão.
Fui convidado por um casal que tem visitado os cultos minha congregação para fazer um culto de gratidão no estabelecimento comercial deles, ao final do expediente.
Falar a um publico menor (5 pessoas), pareceu-me mais difícil que falar a um menor. Os olhos eram mais próximos  as emoções melhor sentidas. E a mensagem que fiz foi essa:

3 Lições Para Nunca Esquecer:

1) Tenham Prioridades –
“O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol? Gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece para sempre.” (Eclesiastes 1:3 e 4)
É Natural estar empolgados como o novo negócio. ( Falar um pouco sobre a história do lugar)
Eu sou sincero em lhes dizer: Esse negócio não é para sempre.
Por mais que vocês o amem, ele não veio primeiro que a família, não é mais importante que os filhos e não é para eternidade.
O que vocês ganham perdendo saúde e qualidade de vida por causa do empenho ao trabalho?
O meu alerta para vocês é: Não ponham todo o esforço de vocês em algo que não é para eternidade.

2) Sejam Gratos –
“Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus.” (Eclesiastes 2:24)
Ilustração: MINHA GRAMA É MAIS VERDE
Certo homem encontrou-se com um amigo, que era um grande e reconhecido poeta, e pediu-lhe:
- Olá, meu amigo... Que bom encontrá-lo. Estava pensando justamente em você. Vou vender o meu sítio, que você conhece tão bem. Poderia redigir para mim o anúncio do jornal?
O poeta, prontamente, apanhou o papel e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
- Ficou ótimo, meu amigo. Eu sabia que ninguém poderia fazer um anúncio melhor que você. Obrigado.
Meses depois, os dois se reencontraram e o poeta perguntou ao homem se já havia conseguido vender o sítio.
- Nem pense mais nisso, meu amigo. Quando cheguei em casa e li o anúncio para a minha esposa, descobrimos que somos donos de um pequeno paraíso.

A iniciativa de vocês é muito boa: Fazer um culto agradecendo a Deus pelo que Ele deu a vocês. São poucos os que ainda se importam em agradecer, nos dias de hoje.
Mas eu quero lembrá-los que gratidão não se encerra em um ato. Somos tentados a esquecer o valor das bênçãos que Deus nos dá à medida que elas vão se repetindo.
Gratidão é uma atividade diária. Cada dia que abrirem as portas, varrerem, lavarem, servirem... Agradeçam. Façam da gratidão, um hábito.

3) Aproveitem –
“Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive. Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho, é um presente de Deus.” (Eclesiastes 3:12 e 13)
Não tem nada melhor do que ser feliz. Então sorriam, divirtam-se, brinquem ( sem esquecer que isso é um trabalho, claro). Mas não deixem que o bem que Deus lhe concedeu se torne um mal. Façam do trabalho algo prazeroso.
Pratiquem o bem. Vocês não terão a aprovação do Céu se não intentarem mal ao seu próximo. Pratiquem o bem, andem no que é direito e não terão com o que se preocupar ou do que se arrepender. 


Ao final, perguntei sobre pedidos que cada um queria entregar nas mãos de Deus. Alguns relatos emocionados e fizemos uma corrente de oração.
Uma experiência marcante para mim, que vai ficar guardada na mente.

Santificação: 1º Dia


A santificação não é um processo de melhora do eu. É uma reconstrução, uma reforma total, baseada não no que éramos, em outros cristãos ou o que acho certo ou errado, mas no nosso modelo: Jesus Cristo, Filho de Deus.
É uma obra lenta, que dura toda uma vida, mas é diária e contínua. É uma obra gradativa (de vitória em vitória vai acontecendo), mas não parcial: Ou me disponho à ser santificado por completo ou não me santifico.
Ela é baseada nas verdades conhecidas, a partir da consciência do que me é ruim, sou chamado a deixar o prejudicial e alçar um novo grau de santificação pessoal.
Nesse processo são deixadas de lado todas as justificações para o pecado e todo senso de justiça-própria. A vida em santificação não busca justificar o pecado ou gloriar a se mesmo, ostentado sua vitórias pessoais. A glória é dada a Deus e somente a Ele.


Reflexão: 
          Minha vida representa as verdades que aceitei?
          As minhas obras tem sido exclusivamente para a Glória de Deus ou para a minha?

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domingo, 9 de outubro de 2011

Leitura: Santificação

Esse mês de Outubro chegou com boas experiências com Deus. Durante os, aproximadamente, quinze dias que tenho de folga das minhas atividades acadêmicas, estou me dedicando a leitura de um livro, cujo título é bastante sugestivo: Santificação (Ellen G. White)
Onze capítulos, muito bem distribuídos, revelando verdades práticas da vida cristã e ajudando a condicionar a mente e o corpo a uma experiência religiosa mais eficaz.
A cada leitura diária, tentarei sintetizar o aprendido. Sendo assim, mini-postagens sobres os temas abordados vão surgir ao longo dessas duas semanas:

1º Dia     2º Dia     3º Dia     4º Dia

sábado, 8 de outubro de 2011

Liberdade Religiosa


Roger Willians, um dos primeiros peregrinos a defender a liberdade religiosa no Novo Mundo, disse certa vez:
            “É uma violação aos direitos naturais obrigar homens de credos diferentes a se unirem em adoração; arrastar ao culto público os irreligiosos e os que não queiram; isso se assemelha a exigir hipocrisia. Ninguém devia ser obrigado a prestar culto, ou a custear um culto, contra sua vontade”.
Esse pensamento me lembrou a necessidade de se preservar o direto a liberdade religiosa e as implicações de transgredi-la.

A liberdade religiosa tem um sentido mais amplo do que o defendido hoje. É mais que o direito a uma crença. Ela é a defesa dos direitos de liberdade quanto a religião, crença e consciência como direitos inalienáveis dos seres humanos, assegurando a liberdade de não seguir qualquer religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existência ou não de Deus.
Isso contrasta com a incoerência de alguns religiosos radicais, que, sob a bandeira da “Pregação do Evangelho”, coagem pessoas de credos variados a deixar seus costumes e ingressar em novos credos pré-estabelecidos.
Além de uma violação aos direitos naturais do individuo, o fruto desse acidente sociológico é a formação de uma identidade cristã distorcida e estereotipada. Cristãos que em seu modo de vestir, falar e até nos vícios de linguagem são o que aprenderam ser imitando outros cristãos. Foram convencidos a deixar seu antigo modo de vida e seguir um novo. Convencidos, não convertidos.

Não tem Cristo como seu modelo e alvo de desenvolvimento, simplesmente porque não conheceram a Cristo. Conheceram cristãos mais preocupados com a pregação de um novo modo de vida (Bíblia) do que com a motivação para esse novo modo de vida (Jesus).
Aceitação do Cristianismo não deve ser forçada ou imposta. O ideal é que seja um processo natural e gradativo. Cada verdade bíblica acolhida à medida que o entendimento permite, segundo o “direito a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.” ( Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 18).
Só assim o verdadeiro cristianismo será desenvolvido: A partir do conhecimento de Deus através da contemplação do exemplo e sacrifício de Jesus. A partir da observação do amor e cuidado de Deus por nós. É daí que nasce o desejo de resposta a esse amor, que pode ser negativo, se o individuo assim o escolher. A busca ou não por corresponder ao amor de Deus andando nas pegadas de Cristo.
É nesse caminho que as verdades bíblicas são acolhidas (e não engolidas). Esse caminho se chama Cristianismo. E deve permanecer livre.
Se não for voluntário, de maneira nenhuma será verdadeiro.