sábado, 29 de agosto de 2009

A Santidade Cristã (1/2)

Procurando sobre o assunto "santidade" nas cartas do Apostolo Paulo, passei por um texto e li ele varias vezes até começar a entende-lo. Orei e Deus foi me revelando pouco a pouco alguns detalhes que quero colocar aqui.

O texto é Efésios 4:17-24


Efésios


4.17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,


4.18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração,


4.19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.


4.20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo,


4.21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,


4.22 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,


4.23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,


4.24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

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~> "Isto, portanto, digo e no Senhor testifico" Paulo, ao começar o assunto, diz que sua opinião está em concordância com a opnião de Deus. E qual é a opnião de Deus? "que não mais andeis como também andam os gentios". A partir da conversão, o novo convertido deve deixar de praticar os mesmos atos dos não convertidos. Os atos antigos que não estão de acordo com o caráter de Deus são nocivos ao homem e por isso devem ser deixados.

~> Eu se que não devo andar como os não convertidos (gentios) andam. Mas como é que eles andam?


No mesmo texto, Paulo dá características de como os não convertidos andam:

1) "na vaidade dos seus próprios pensamentos" = Pensamentos de uma mente desligada de Deus são pensamentos egoístas, vazios e sem bons propósitos. Muitas vezes sem noção do que acontece ao redor e sem atenção ao caminho que trilha na vida. O cristão, pelo contrário, não deve guiar a si próprio; deixar os pensamentos em unidade com Deus para que sejam pensamentos cheios de santidade, esperança e bons propósitos. Atentos a presença de Deus e felizes pelas bençãos do Criador.


2) "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" Nesse verso, uma característica é ligada a outra. Ele se torna mais compreensível se analisarmos do fim para o começo.

Tudo começa com a "dureza de coração". A dureza de coração vem como resultado de rejeitar repetidas advertências, de pôr de lado todos os sussurros da verdade. É a dureza de coração que nos impede de ver a solução para o nosso problema, ela nos impede de reconhecer Deus. A dureza de coração causa a ignorância. Esse é um dos piores caminhos que se pode trilhar, pois a ignorância da vontade de Deus não é desculpa quando se teve a oportunidade de

conhecê-la. Deus perdoa o tempo de ignorância (desconhecimento), mas quando tivemos a oportunidade de conhecer e negligenciamos, não temos desculpa.

A dureza de coração causa a ignorância e essa, por sua vez, nos torna "alheios à vida de Deus".

Pode-se entender isso de duas formas:

1. Alheio a existência de Deus. A dureza de coração e a negligência em conhecer Deus, nos faz pensar que Deus não existe.

2. Alheio a vida que Deus quer nos dar. Deus é o doador da vida. E Ele está pronto à nos dar vida em abundância (Jo 10:10). A dureza de coração e a negligência nos faz desprezar a vida que Deus tem a nos oferecer.

Essa é a condição de um "entendimento obscurecido".


3) "tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza." Por fim vem a insensibilidade. O homem foi tão longe que não sente mais a presença de Deus e não se importa com isso. Isso leva a entrega voluntária à dissolução (falta de unidade, falta de amor ao próximo), e à avidez em cometer toda sorte de impureza (praticas ruins, nocivas ao homem e que o distanciam mais ainda de Deus).

continua...