O Temperamento é Subjugado
"Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de
sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras."
(Tia. 3:13)
A mansidão, na escola de Cristo, é um dos assinalados frutos
do Espírito. É uma virtude produzida pelo Espírito Santo como agente
santificador, e habilita seu possuidor a controlar, em todo tempo, um
temperamento impulsivo e impetuoso. Quando a virtude da mansidão é acalentada
pelos que, por natureza, são de uma disposição irritadiça e colérica, eles
farão os maiores esforços para dominar seu infeliz temperamento. Cada dia
ganharão domínio próprio, até que seja vencido o que é rude e dessemelhante a
Jesus. Tornam-se cada vez mais semelhantes ao Modelo Divino, até poderem
obedecer à ordem inspirada: "Pronto para ouvir, tardio para falar, tardio
para se irar." Tia. 1:19.
Quando alguém alega estar santificado e, no entanto, em
palavras e ações, pode ser representado pela fonte impura que emite águas
amargas, podemos seguramente dizer: Essa pessoa está enganada. Ela precisa
aprender o próprio alfabeto do que constitui a vida de um cristão. Alguns que
professam ser servos de Cristo têm, por tão longo tempo, acalentado o espírito
de aspereza, que parecem amar o elemento profano e ter prazer em proferir
palavras que desgostam e irritam. Tais homens precisam converter-se antes que
Cristo os reconheça como Seus filhos.
A mansidão é o adorno interior a que Deus atribui grande
valor. O apóstolo fala dela como sendo mais excelente e valiosa do que ouro,
pérolas ou vestuário dispendioso. O adorno exterior apenas embeleza o corpo
mortal, ao passo que a virtude da mansidão adorna o coração e põe o homem
finito em conexão com o Deus infinito. Este é o ornamento da própria escolha de
Deus. Aquele que ornamentou os céus com as esferas de luz prometeu que, pelo
mesmo Espírito, "adornará os mansos com a salvação". Sal. 149:4. Os
anjos do Céu registrarão como melhor adornados aqueles que se revestem do
Senhor Jesus Cristo e andam com Ele em mansidão e humildade de espírito. Review
and Herald, 18 de janeiro de 1881
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