O Representante de Cristo
"Mas Eu vos digo a verdade: Convém-vos que Eu vá, porque, se
Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-Lo
enviarei." (João 16:7)
O Consolador é chamado "o Espírito da verdade".
Sua obra é definir e manter a verdade. Ele primeiro habita no coração como o
Espírito da verdade, tornando-Se assim o Consolador. Há conforto e paz na
verdade, mas nenhuma paz ou conforto real se pode achar na falsidade. É por
meio de falsas teorias e tradições que Satanás adquire seu domínio sobre a
mente. Ele deforma o caráter dirigindo os homens a falsos padrões. O Espírito
Santo fala à mente por meio das Escrituras e grava a verdade no coração. Assim
expõe o erro, expelindo-o da alma. É pelo Espírito da verdade, atuando pela
Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido.
Descrevendo para Seus discípulos a obra oficial do Espírito
Santo, Jesus procurou inspirá-los com a alegria e a esperança que Lhe animavam
o próprio coração. Regozijava-Se pelas abundantes medidas que providenciara
para auxílio de Sua igreja. O Espírito Santo era o mais elevado dos dons que
Ele podia solicitar do Pai para exaltação de Seu povo. O Espírito ia ser dado
como agente de regeneração, sem o qual o sacrifício de Cristo de nenhum
proveito teria sido. O poder do mal se estivera fortalecendo por séculos, e
espantosa era a submissão dos homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se
poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da
Divindade, a qual não viria com energia modificada, mas na plenitude do divino
poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do
mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele, o crente
torna-se participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder
divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e
para gravar Seu próprio caráter em Sua igreja. Review and Herald, 19 de
novembro de 1908
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