Se você tem uma rotina, acaba saindo nos mesmos horários e
passando pelo mesmo caminho, certamente conhece algumas pessoas “de vista”.
Talvez até fale com algumas delas e saiba onde moram. Mas alguma vez você se
perguntou o que acontece com elas depois que você passa? Já se preocupou com
seus problemas, dores ou necessidades?
A Bíblia traz a história de um homem conhecido do dia-a-dia
da cidade de Jerusalém, Freqüentemente as pessoas passavam por ele quando iam
ao templo. Ali, em frente à porta chamada Formosa, aquele aleijado mendigava
ajuda.
Um dia, dois discípulos de Jesus subiam ao templo quando
foram abordados por aquele aleijado, que pedia esmolas ao que passavam.
A resposta dos discípulos a princípio foi idêntica a dos
dias atuais: “Não tenho dinheiro”. Mas o que fez a diferença entre essa reação
e tantas outras que começam assim, foi o que eles disseram a seguir: “mas o que tenho isso te dou. Em nome de
Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. Segurando-o pela mão direita,
ajudou-o a levantar-se, e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram
firmes.
E de um salto pôs-se
de pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando,
saltando e louvando a Deus. “(Atos 3:6-8).
O que eu quero destacar não é o milagre em si, mas a
disposição dos discípulos em apresentar Jesus àquele homem, de maneira prática.
Apresentaram a Jesus como o que eles
tinham e podiam dar. Eles fizeram o que estava ao seu alcance para tornar
melhor a existência daquele homem através do conhecimento de Cristo. E aquilo
que eles não podiam fazer, o mesmo Cristo completaria.
Fico imaginando a minha reação diante das mesmas
circunstâncias. O que eu faria no lugar dos discípulos? Vejo a minha rotina, as
pessoas que fazem parte dela e se eu tenho feito a diferença dentre tantos que
passam. Quantas pessoas eu vejo e até falo, sem me dar ao trabalho de
conhecê-las, ter comunhão com elas, de dividir o que eu tenho.
Para muitos, aquele homem era apenas um aleijado sem-nome
que mendigava à porta do tempo. Mas para os discípulos de Jesus, ele era um
necessitado do conhecimento de Cristo, que precisava da ajuda das mãos e pés de
Jesus nesse mundo.
Se a história fosse encerrada aqui, já nos traria uma grande
lição. Mas o relato bíblico continua: “Quando
todo o povo o viu andando e louvando a Deus, reconheceu que era ele o mesmo
homem que costumava mendigar sentado à porta do templo chamada Formosa. Todos
ficaram perplexos e muito admirados com o que lhe tinha acontecido. Apegando-se o mendigo a Pedro e João, todo o
povo ficou maravilhado e correu até eles [os discípulos], ao lugar chamado Pórtico de Salomão.”
(Atos 3:9-11).
A atenção dada aquele homem não repercutiu só na vida dele,
mas também na vida dos que o conheciam.
Não sei se o que está reservado para você é cura como foi o caso desse homem, mas ainda que não seja, milagres acontecem quando olhamos com
atenção os que estão a nossa volta. Olhe com mais cuidado os que fazem parte do
seu cotidiano. Faça a diferença.
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